O autor inicia o texto classificando as formas de poder existente em quatro formas: Poder Econômico, poder político, poder coercitivo e poder simbólico.
O texto apresenta de início a formação da sociedade burguesa e a transição da Idade Média para a idade moderna, caracterizando o fim do sistema Feudal e o início do sistema capitalista de produção. O processo de transição se dá principalmente através da ascensão da classe comerciaria (burguesa) e a queda de influencia da Igreja Católica. Os Estados modernos da Europa vão aos poucos, substituindo os antigos feudos e delimitando novas fronteiras. A administração desses territórios fica cada vez mais desligada do poderio do clero, e uma nova sociedade se firma nesse processo de transição.
A invenção da prensa móvel por Gutenberg irá revolucionar esse período pois dará suporte para dois grandes acontecimentos dessa época: a Reforma Protestante e o surgimento dos primeiros materiais Impressos de maneira mecânica (Livros, documentos, textos avulsos) que formariam o conceito que temos de Imprensa.
A partir da invenção da prensa mecânica, surgiram pela Europa diversas oficinas de produção de material impresso; as Tipografias, que a principio produziam livros e documentos sob encomenda do Estado e da Igreja, passando depois a produzir Livros para faculdades e por fim, conteúdo próprio. A Igreja (muitas vezes com o apoio do Estado) tentou por várias vezes proibir a publicação de vários livros, mas a produção impressa alcançou uma escala que a Igreja não pode acompanhar. Por fim, Ela lançou o index proibitorum, lista que continha os livros censurados aos fiéis, e que o Estado proibia a comercialização, em vão, pois, isso levou ao surgimento de um mercado negro de livros proibidos, que eram trazidos e negociados por mascates, que circulavam por toda a Europa.
Essa nova sociedade que consumia livros e mais livros, logo se interessou por um novo material impresso que ganhava força principalmente na Inglaterra: Os jornais, que a principio traziam noticias do exterior, logo se interessaram pelos acontecimentos locais, e tais acontecimentos eram apreciados primeiro pela corte, pelo clero e pela burguesia em ascensão, que possuíam condições de comprar os jornais. Posteriormente outras classes tiveram acesso a informação, mas outro fator fora determinante para definir o público leitor; Poucas pessoas eram alfabetizadas na Europa pré – moderna, e isso gerou o peculiar costume de reunir as massas em praça pública durante a leitura de um periódico.
A Imprensa começou a incomodar a nobreza e também o clero, e no início de suas atividades, já teve que conviver com seu maior vilão; a censura. A imprensa foi evoluindo e chegou à fase dos Jornais Diários, o inglês Dayle Courant de Samuel Buckley em 1702 foi o primeiro.
O problema da censura levou a reflexão diversos pensadores, dentre os quais, Jeremy Bentham, James Mill e John Stuart Mill. Porém, são as reflexões de Habermas, sobre a origem da Esfera pública que irá nortear o olhar do autor para o que de fato contribui para o fortalecimento da imprensa. Habermas argumenta que o desenvolvimento do capitalismo mercantil no século XVI, junto com as transformações institucionais do poder político, criaram as condições para a emergência de um novo tipo de esfera pública nas origens da Europa moderna, e os jornais que surgem nesse período é que fomentam os debates e consolida cada vez mais o conceito de esfera pública. O autor elogia Habermas até certo ponto mas tece diversas críticas sobre a sua idéia. O próprio Habermas, 30 anos mais tarde fará algumas ressalvas sobre o que pensara e dissera antes.
A imprensa vai desenvolvendo – se até chegar no patamar de grandes conglomerados de mídia tal o qual conhecemos hoje.
1 Comentários
Muito bom !
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