Sobre 13 de maio, abolição da escravatura e racismo

Atletas negros do Brasil contam ao Globo Esporte a discriminação que sofreram (e ainda sofrem) nesse país.
Aída dos Santos, medalhista olímpica, contou como a torcida brasileira lhe tratou: "sai daí, crioula! Seu lugar é na cozinha."
Nessa semana, Danilo Gentilli "pensou" que a senadora Regina Souza (PT/PI) era a "Tia do Café". Algumas pessoas defendem que ele não foi preconceituoso. Foi apenas "bem humorado".
Mais cedo, o Alexandre Garcia (Bom dia Brasil), disse que não havia problema o presidente em exercício, Michel Temer, não possuir negros e mulheres em seu Ministério (Temer também extinguiu a Secretaria para Direitos Humanos e Igualdade Racial).
Vocês devem lembrar daquela torcedora do Grêmio, que chamou o goleiro Aranha (na época, do Santos) de macaco. Foi condenada "injustamente" por racismo, e teve a oportunidade de se explicar, tornando-se vítima, no Encontro com Fátima Bernardes, enquanto o agredido goleiro do Santos foi chamado de histérico pelo Pelé ("que calado é um poeta", conforme o ex-jogador e atual senador Romário).
Em um país que as pessoas tem coragem de perguntar, "por que o dia da Consciência Negra? ", " por que as cotas?", "por que tem que ter Ministro negro? Não é melhor que sejam Ministros competentes?", você tem a coragem de dizer que não somos racistas.
Aliás, você também não é racista. Tem até um amigo negro né?
(OBS: O jornalismo esportivo é a coisa mais linda do mundo. Encerrar o principal programa esportivo da Globo, citando Martin Luther King, Zumbi dos Palmares e reconhecendo uma realidade que o " jornalismo sério" da Globo nega, me faz ter esperanças. Parabéns Fernanda Gentil, Tino Marcos, Carlos Gil e demais envolvidos. Que coragem Mana e Manos.)

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