Consumir sem consumir a Amazônia!

A causa ambiental tem sido amplamente discutida nos últimos tempos por diversas pessoas em distintos pontos do globo terrestre. Boa parte dessas discussões tem como principal motivo a Amazônia e seu processo de depredação. Toda essa problemática costuma ser abordada e exposta de duas maneiras: Como dogma ou doutrina a ser seguida rigorosamente, e como demagogia que se fundamenta em falácia argumentativa. De um lado, ONG’s e entidades ligadas a setores da sociedade civil, do outro, grande parte dos políticos e empresas ligadas ao comércio extrativista.

Organismos como o Greenpeace, WWF, Comissão Pastoral da Terra, Conselho Indigenista Missionário (os dois últimos ligados a Igreja Católica) dentre outros, são adeptos de uma certa defesa doutrinária do meio ambiente, a ponto de protagonizarem cenas que por vezes chocam a opinião pública nacional, como o protesto do Greenpeace em Santarém – PA, em que manifestantes se acorrentaram a um gigantesco silo para armazenamento de grãos pertencente a Monsanto, multinacional produtora de grãos – principalmente soja - que, segundo a ONG, seria a grande responsável pelo desmatamento de uma extensa área na Região do Rio Tapajós, com o único intuito de aumentar a produção de soja para exportação.

Os políticos que deveriam ser os responsáveis por coibir as ações de tais empresas, posicionam – se na maior parte do tempo de maneira passiva com discursos mais chocantes do que atitudes do Greenpeace. Um dos discursos mais polêmicos, fora pronunciado pelo deputado federal Giovanni Queiroz (PDT – PA), numa seção extraordinária do congresso. Ele afirmou: “desmatamento na Amazônia é uma coisa tão ilusória quanto o discurso dos ‘gringos’ do Greenpeace, que por não terem o que fazer, realizam atos como o que vimos em Santarém”. Dr. Giovanni, que é integrante da bancada ruralista da câmara, só não explicou porque a Monsanto desmatou um terço a mais da área que lhe fora concedida.

Esse debate que teima em permanecer nos extremos, jamais produzirá uma ação concreta no sentido de frear o que de fato é preocupante, nesse caso, a destruição da Amazônia. Existe sim uma possibilidade de consumir os recursos naturais sem destruir o meio que fornece tais recursos. Para isso, é preciso deixar dogmas e demagogias de lado e começar a pensar em desenvolvimento sustentável e exploração de recursos renováveis. Só assim entenderemos que não há nada de utópico em consumir sem consumir a Amazônia.



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