Descanse em Paz!

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Nada faz mais barulho que o grito do silêncio.

“Mas uma vida jogada fora, um coração que já não bate mais, descanse em paz, sonhos que vão embora antes da hora, sonhos que ficam pra trás.”

A parte mais difícil de um óbito é certamente aceitar o óbito como resultado final independente de suas causas e circunstâncias. Não estamos preparados para dar adeus repentinamente, muito menos para aceitar a morte como algo natural, principalmente quando algo não natural causa uma morte.

É difícil se deparar com um campo povoado de histórias, sentimentos e experiencias, caladas pela foice do fim da existência. Teimamos em dizer que essas histórias e sentimentos permanecerão vivas em nossos corações, e pode até ser que sim, mas o principal, o protagonista dessas histórias já não vive. Resta o conforto das lágrimas e dor da saudade, nova companheira que substituirá a antiga, que agora dorme inerte em um caixão sob os olhos tristes e carregados de sentimentos dos familiares, amigos e colegas de uma vida inteira, ou do que foi possível viver.

Aqui jaz um pedaço de mim que será sepultado junto com tardes de ensaio na pátio da escola, com noites a fio produzindo adereços para as apresentações culturais, com viagens animadas às cidades vizinhas, com a tristeza das derrotas e alegria das vitórias e dos títulos alcançados pelo grupo cultural que levou cultura e vida para os nossos dias.

Que as lágrimas e lembranças se tornem em breve conforto e esperança, de um novo e animado encontro, se Deus permitir.

Saudades eternas.

Arionaldo Junior, Andréa Pedroso, Scarlate Cristina