O impasse travado entre prefeitura e condutores de taxi – lotação na cidade de Imperatriz – MA chama a atenção para uma questão um tanto polêmica. Segundo a prefeitura de Imperatriz, a ação de fiscalizar e coibir o serviço de taxi lotação é uma iniciativa que partiu de uma decisão judicial que considerou o serviço ilegal. Especula – se que por trás da decisão de perseguir o serviço de taxi – lotação estão as empresas de ônibus que exploram sob concessão pública o serviço de transporte coletivo na cidade de Imperatriz, mas em nenhum momento se ouviu a sociedade (e principalmente) os usuários de transportes coletivos, para saber o que estes pensam sobre o assunto. E como esse serviço é explorado fora de Imperatriz?
Na região do Bico do Papagaio, o serviço de taxi lotação é essencial para quem precisa se locomover entre as cidades de Sampaio, Praia Norte e Augustinópolis, uma vez que para as duas primeiras cidades o serviço de transporte interurbano feito por ônibus é inexistente, e o serviço de vans possui apenas duas viagens até essas cidades; tratam – se de vanzeiros que já moram em Praia Norte e Sampaio, e que fazem a rota, Araguatins – TO / Bela Vista – TO e depois retornam as suas residências. O serviço de taxi lotação no bico, transporta passageiros até Augustinópolis, cidade pólo da região e Araguatins, maior cidade do Bico do Papagaio, as tarifas variam de R$ 3,00 a R$ 5,00 reais, dependendo da distancia a ser percorrida.
Em Marabá – PA, o serviço de taxi lotação, assim como em Imperatriz, incomodava bastante as duas empresas de ônibus que operavam o serviço de transporte público, a viação Cidade Nova, que pertence a um consorcio com sede em São Luís – MA, e a Transbrasiliana, gigante dos transportes, que tem sede em Goiânia – GO, e no sul do Pará presta serviços para Vale, alem de explorar o transporte público em Parauapebas – PA.
O caso marabaense foi resolvido quando taxistas organizados e setores da sociedade civil começaram a cobrar das autoridades a regulamentação da atividade de taxi lotação, uma vez que segundo estes “as empresas de ônibus não conseguiam suprir a demanda de pessoas que necessitavam se locomover entre os cinco núcleos urbanos de Marabá”. O péssimo serviço oferecido pelas companhias, somado as tarifas abusivas e a ausência de ônibus em algumas rotas foi a deixa para a regularização ganhar incentivo popular e culminar em lei municipal votada na câmara dos vereadores e sancionada pelo prefeito de Marabá, que legalizou o serviço de taxi – lotação, no intuito de suprir a demanda de transporte público da cidade que nos últimos 10 anos teve um aumento de 40 mil habitantes.
Imperatriz: Muita cidade pra pouco ônibus! |
O taxi – lotação possui itinerário fixo (Ex: Velha Marabá – Morada Nova, Liberdade – Nova Marabá, Novo Horizonte – São Félix e etc) e percorre a mesma rota dos ônibus, além de possuir rotas exclusivas, uma vez que por se tratar de carros pequenos, os taxis conseguem chegar a bairros e ruas que os ônibus não alcançam ou não querem alcançar. A tarifa também é fixa, R$ 3,00 reais e o serviço é regulamentado pelo DMTU (Departamento Municipal de Transporte Urbano).
Marabá fez do problema a solução! |
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